quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Mercado Inverno - Sporting

A quadra festiva de fim de ano tira aos portugueses algumas semanas de Liga ZON-Sagres e dá à imprensa desportiva um sempre curioso período de especulação, no que diz respeito a movimentações no mercado de transferências. Aproveitando o balanço das 12 primeiras jornadas e o que se sabe do calendário que falta cumprir, o Bola de Trapos identifica as principais lacunas na constituição dos plantéis dos quatro maiores emblemas do Futebol Nacional, e deixa sugestões de reforços acessíveis à realidade dos emblemas referidos e que ainda assim aumentariam a qualidade das equipas.


Sporting – Três mudanças de treinador, vários despedimentos nos cargos directivos ligados ao futebol e o pior arranque de sempre da equipa sénior: o panorama é negro em Alvalade, com a linha de água bem mais perto que os lugares europeus. O desempenho da equipa dentro de campo tem estado muito longe dos mínimos exigidos, pelo que na hora de apontar o que falta a esta equipa, apetece dizer que falta tudo. À excepção de Rui Patrício que tem feito o que pode na baliza, todos os sectores do plantel têm sido vítimas da falta de fio de jogo e vilões pela quantidade inacreditável de erros individuais que se registam a cada partida. Torna-se assim quase inglório redigir esta rúbrica para o Sporting, pois o bom senso obriga a reconhecer que nenhum jogador no Mundo poderia por si só chegar e resolver os problemas de fundo do Sporting. 
Resta-nos apresentar um raciocínio lógico que suporte a nossa escolha, e esse raciocínio terá por base a reconstrução que o clube poderá (e deverá) levar a cabo neste defeso. Com um grande número de atletas descontentes e desmotivados e uma situação económica muito débil, resta aos leões realizarem o encaixe financeiro possível com os activos que ainda não estão totalmente desvalorizados, aliviando assim a folha salarial e dando oportunidade aos jovens do plantel bem como a algumas das pérolas da equipa B – será um resto de época de travessia no deserto, mas piorar a situação é praticamente impossível.
Assim, a direcção do Sporting deverá mobilizar esforços para encontrar um “jogador bandeira” – um atleta familiarizado com o clube, que tenha capacidade de galvanizar os adeptos, que dê o peito às balas e faça sombra à integração dos jogadores mais jovens, que nesta altura em nada beneficiam de atenção e pressão excessiva. Se além de todas estas características, o atleta em questão tiver capacidade futebolística suficiente para contornar o caos que é futebol verde e branco e resolver por si só o que for possível, óptimo. Analisando o panorama actual, Ricardo Quaresma é o nome que sobressai. De momento sem clube, já teve o contrato da sua vida na Turquia e vários rumores apontam o regresso do “Mustang” a terras lusas, até para reentrar mais rapidamente no radar de Paulo Bento. Polémico q.b. para centrar em si as atenções e com talento suficiente para entusiasmar adeptos e galvanizar colegas, seria uma solução para o Sporting sobreviver até Maio e uma oportunidade para Quaresma ser novamente figura de proa, liderando a nova vida do leão, “já” a partir da próxima época. O salário pretendido pelo extremo proveniente da Academia de Alcochete será certamente um entrave, mas nesta fase pouco mais resta a Godinho Lopes e companhia senão apelar ao Sportinguismo dos que possam ajudar – um pouco à imagem do que aconteceu com o River Plate na época passada. 

Boa opção? Alternativas?

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