A quadra festiva de fim de ano tira aos portugueses
algumas semanas de Liga ZON-Sagres e dá à imprensa desportiva um sempre curioso
período de especulação, no que diz respeito a movimentações no mercado de
transferências. Aproveitando o balanço das 12 primeiras jornadas e o que se
sabe do calendário que falta cumprir, o Bola de Trapos identifica as principais
lacunas na constituição dos plantéis dos quatro maiores emblemas do Futebol
Nacional, e deixa sugestões de reforços acessíveis à realidade dos emblemas
referidos e que ainda assim aumentariam a qualidade das equipas.

Resta-nos apresentar um raciocínio
lógico que suporte a nossa escolha, e esse raciocínio terá por base a reconstrução
que o clube poderá (e deverá) levar a cabo neste defeso. Com um grande número
de atletas descontentes e desmotivados e uma situação económica muito débil,
resta aos leões realizarem o encaixe financeiro possível com os activos que
ainda não estão totalmente desvalorizados, aliviando assim a folha salarial e
dando oportunidade aos jovens do plantel bem como a algumas das pérolas da
equipa B – será um resto de época de travessia no deserto, mas piorar a
situação é praticamente impossível.
Assim, a direcção do Sporting deverá
mobilizar esforços para encontrar um “jogador
bandeira” – um atleta familiarizado com o clube, que tenha capacidade de
galvanizar os adeptos, que dê o peito às balas e faça sombra à integração dos
jogadores mais jovens, que nesta altura em nada beneficiam de atenção e pressão
excessiva. Se além de todas estas características, o atleta em questão tiver
capacidade futebolística suficiente para contornar o caos que é futebol verde e
branco e resolver por si só o que for possível, óptimo. Analisando o panorama
actual, Ricardo Quaresma é o nome
que sobressai. De momento sem clube, já teve o contrato da sua vida na Turquia
e vários rumores apontam o regresso do “Mustang” a terras lusas, até para
reentrar mais rapidamente no radar de Paulo Bento. Polémico q.b. para centrar
em si as atenções e com talento suficiente para entusiasmar adeptos e
galvanizar colegas, seria uma solução para o Sporting sobreviver até Maio e uma
oportunidade para Quaresma ser novamente figura de proa, liderando a nova vida
do leão, “já” a partir da próxima época. O salário pretendido pelo extremo
proveniente da Academia de Alcochete será certamente um entrave, mas nesta fase
pouco mais resta a Godinho Lopes e companhia senão apelar ao Sportinguismo dos
que possam ajudar – um pouco à imagem do que aconteceu com o River Plate na
época passada.
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