Fórmula 1

Grande Prémio da Austrália

Austrália congela à passagem do “Iceman” 

E eis que o finlandês Kimi Raikkonen (Lotus Renault) surpreendeu tudo e todos este fim-de-semana no Grande Prémio da Austrália. Após arrancar da sétima posição da grelha de partida, “Iceman” voou e venceu batendo assim Fernando Alonso (Ferrari) que ficou no segundo lugar e o alemão Sebastian Vettel (Red Bull-Renault) que ficou no terceiro lugar. 

Demonstrou assim que ainda está ai para as curvas e que não lhe faltam qualidades. Somou a sua vigésima vitória da carreira e a segunda ao volante de um Lotus, igualando assim a marca do seu compatriota Mika Hakkinen, que era até agora o único Finlandês que detinha esta marca na Fórmula 1. 

Foi com grande surpresa que o tricampeão mundial em título, Sebatien Vettel não conseguiu melhor do que o terceiro lugar depois de ter largado da "pole position". Seria de esperar que este fosse o vencedor do Grande Prémio, a julgar pelo resultado da sessão de qualificação, onde o germânico alcançou o melhor tempo, batendo a concorrência com uma vantagem simpática. De realçar que as sessões de qualificação, mais especificamente a Q2 e Q3, foram adiadas para o dia da corrida, devido à forte chuva que assolou Melbourne durante sábado. 

Na próxima semana terá lugar o Grande Prémio de Malásia, no circuito de Sepang, onde serão utilizados pela primeira vez os novos pneus duros da Pirelli para este Mundial de 2013.


Classificação do Grande Prémio da Austrália


1. Kimi Räikkönen (Finlândia), Lotus Renault, 1h30m03.225s
2. Fernando Alonso (Espanha), Ferrari, a 12.451s
3. Sebastian Vettel (Alemanha), Red Bull-Renault, a 22.346s
4. Felipe Massa (Brasil), Ferrari, a 33.577s
5. Lewis Hamilton (Grã-Bretanha), Mercedes, a 45.561s
6. Mark Webber (Austrália), Red Bull-Renault, a 46.800s
7. Adrian Sutil (Alemanha), Force India-Mercedes, a 1m05.068s
8. Paul di Resta (Grã-Bretanha), Force India-Mercedes, a 1m08.449s
9. Jenson Button (Grã-Bretanha), McLaren-Mercedes, a 1m21.630s
10. Romain Grosjean (França), Lotus-Renault, a 1m22.759s
11. Sergio Pérez (México), McLaren-Mercedes, a 1m23.367s
12. Jean-Éric Vergne (França), Toro Rosso-Ferrari, a 1m23.857s
13. Esteban Gutiérrez (México), Sauber-Ferrari, a 1 volta
14. Valtteri Bottas (Finlândia), Williams-Renault, a 1 volta
15. Jules Bianchi (França), Marussia-Cosworth, a 1 volta
16. Charles Pic (França), Caterham-Renault, a 2 voltas
17. Max Chilton (Grã-Bretanha), Marussia-Cosworth, a 2 voltas
18. Giedo van der Garde (Holanda), Caterham-Renault, a 2 voltas 

Mundial de Pilotos: 

1. Kimi Räikkönen, 25 pontos
2. Fernando Alonso, 18
3. Sebastian Vettel , 15
4. Felipe Massa, 12
5. Lewis Hamilton, 10
6. Mark Webber, 8
7. Adrian Sutil, 6
8. Paul Di Resta, 4
9. Jenson Button, 2
10. Romain Grosjean, 1

Mundial de Construtores:

1. Ferrari, 30 pontos
2. Lotus Renault, 26
3. RedBull-Renault, 23
4. Mercedes, 10
5. Force India-Mercedes, 10
6. McLaren-Mercedes, 2



“Season Preview” 

A prova rainha do desporto automóvel está de volta. Com diversas alterações quer nos carros quer nos pilotos das respectivas equipas. Deixaremos aqui enunciado um “Season Preview”. 

De 2012 para 2013 ocorreram mudanças mínimas quanto aos regulamentos técnicos da Fórmula 1 criando assim um período de evolução de projectos existentes em vez de encorajar o tipo de avanços que provavelmente se irá ver quando o novo regulamento entrar em vigor em 2014. Sistemas activos duplos DRS (drag redution system) como a Mercedes apresentou no ano passado, foram proibidos. A FIA também proibiu o uso livre do DRS nas sessões de treino e qualificação. Agora nestas sessões só podem activar DRS nas áreas onde ele pode ser usado na corrida. Espera-se que haja duas zonas DRS em várias corridas.


Os Carros 

Esta será a ultima temporada em que a Fórmula 1 utilizara os motores de 2.4 litros V8, devido às alterações de regulamentos que vai ocorrer em 2014. 

Em termos de alterações nos carros a grande novidade para esta temporada é que estes são mais seguros, mais pesados e mais rápidos (em média um segundo e meio mais velozes), colocando assim um ponto final numa das mais drásticas alterações regulamentares em mais de 25 anos na Fórmula 1, mas em 2014 essas alterações estarão de volta e veremos qual será o novo rumo que as equipas irão dar aos seus monoblocos. 

Este novo incremento em termos de velocidade, peso e segurança deve-se em grande parte aos novos pneus Pirelli, que são mais macios dando assim uma melhoria nos tempos em cerca de 0,5 segundos nos 4 tipos de pneus. Um exemplo dessa melhoria foi Fernando Alonso que melhorou os seus tempos em 1,8 segundo em relação a 2012 na Catalunha utilizando uns dos pneus mais duros. A grande desvantagem destes novos pneus da Pirelli é que apresentam um desgaste superior e este deverá ser mais notório nas primeiras corridas da época na Austrália, Malásia e Bahrein. 


As equipas e os seus Pilotos 




Como em equipa vencedora não se mexe, a Red Bull Racing que nas duas últimas temporadas assegurou o Mundial de Construtores e Pilotos, mantém a mesma dupla de pilotos para 2013. Sebatien Vettel (tricampeão mundial) tem contrato até 2014, apesar do desejo já demonstrado de rumar a Ferrari o piloto permanece na equipa pelo quinto ano consecutivo. Quanto a Mark Webber apesar de ter sido aliciado pela Ferrari durante 2012, este preferiu renovar o seu contrato por mais uma temporada. Com 36 anos, o australiano poderá terminar a sua carreira no fim de 2013.





A equipa mais tradicional e vitoriosa da Fórmula 1 pode contar com Fernando Alonso que tem contrato até 2016 e Felipe Massa que segurou o lugar nas últimas provas realizadas na temporada anterior renovando por mais um ano, sendo o companheiro de equipa de Fernando Alonso para 2013 na “Scuderia Ferrari”. 




A McLaren após a saída da “pérola” da equipa, reagiu contratando Sergio Perez que fara equipa com Jenson Button. Jenson Button pode-se dizer que já faz parte da casa, pois possui um contrato indefinido com a MacLaren. Esta será a sua quarta temporada ao volante de um MacLaren. No seu palmarés este piloto já conta com uma vitória no Mundial em 2009 quando estava na Brawn. Quanto a Sergio Perez, este foi a grande revelação de 2012. Com grandes exibições e pódios com a Sauber, o mexicano atraiu as atenções das grandes equipas e chegou a ser especulado no lugar de Massa na Ferrari mas viria a reforçar a MacLaren. Veremos do que será capaz agora em 2013.




O chefe da Lotus, Eric Boullier, já declarou que está satisfeito com Raikkonen e Grosjean. Após dois anos ausente, Raikkonen voltou à Fórmula 1 como se nunca tivesse saído. Com actuações consistentes, tem marcado pontos constantemente e está “ai para as curvas”. Renovou contrato por mais uma temporada. Apesar de se envolver em diversos acidentes (sendo inclusive suspenso do GP da Itália por provocar um acidente no arranque de Spa), mostrou velocidade, principalmente em treinos classificatórios e subiu três vezes ao pódio. Ganha nova oportunidade em 2013.




A Mercedes foi a responsável por agitar o mercado para 2013, ao ver sair o veterano Michael Schumacher que deixou as pistas definitivamente, e assinar com Hamilton para ocupar o lugar vago na equipa. Lewis Hamilton, que foi o Campeão Mundial de 2008 pela McLaren, deixou os ingleses para um "novo desafio" na Mercedes. O britânico de 27 anos assinou por três temporadas. Já Nico Rosberg mantém-se na equipa fazendo assim companhia a Lewis Hamilton. 




A Sauber após perder Pérez para a McLaren, reformulou a sua dupla para 2013. A equipa já havia anunciado Hulkenberg, e para continuar com o apoio da Telmex promoveu Gutiérrez. Quem saiu da equipa foi Kobayashi. Após um início discreto na temporada passada, o alemão Nico Hulkenberg, da Force India, demonstrou qualidades no decorrer desta e passou a ser especulado para lugar de Felipe Massa, na Ferrari. Com a renovação do brasileiro, acertou com a Sauber para 2013. O jovem mexicano Esteban Gutiérrez que foi o terceiro classificado em 2012 em GP2, ocupou o lugar deixado por Sergio Pérez.




Após ser surpreendida com a ida de Hulkenberg para a Sauber, a Force India demorou mas finalmente definiu a dupla para 2013: o alemão Adrian Sutil reeditará a parceria de 2011 com o escocês Paul di Resta. A boa temporada de 2012 fez o escocês Paul di Resta ser especulado para a Mercedes e Ferrari, mas viu ambas as equipas definirem as duplas para 2013. Sem lugar nestas equipas, segue com a Force India no ano 2013. Já Adrian Sutil vê aqui a sua segunda oportunidade na Force India após ter sido piloto da equipa de 2008 a 2011. O seu afastamento das pistas foi devido a uma agressão a um membro da Lotus que culminou com uma condenação.



A Williams dispensou os serviços de Bruno Senna para 2013 e confirmou a promoção de Valtteri Bottas para guiar ao lado de Pastor Maldonado em 2013. A favor de Maldonado pesou a vitória na Espanha, que quebrou um jejum de oito anos sem triunfos da Williams. Valtteri Bottas cumpriu um intenso programa de preparação para assumir um lugar na equipa, guiando o carro de Bruno Senna nos primeiros treinos livres de 15 das 20 etapas. O jovem finlandês tem como empresário Toto Wolff, que é o director executivo da equipa. 



Os lugares na filial da Red Bull Racing são sempre os mais imprevisíveis. Após reformular a dupla para 2012, a Scuderia Toro Rosso resolveu não mexer na casa em 2013 e anunciou que segue com Ricciardo e Vergne. Ricciardo tem apresentado desempenhos superiores aos do parceiro, principalmente com melhores posições nos treinos classificatórios, mas na tabela de classificação está atrás do parceiro. Vergne após apresentar dificuldades de adaptação à Fórmula 1 no início do ano de 2012 (principalmente em treinos classificativos, sendo diversas vezes eliminado no Q1), o estreante demonstrou melhorias e ganhou mais uma oportunidade em 2013.


Das “pequenas” equipas, a Caterham foi a que apresentou maior evolução em 2012. Mesmo com Kovalainen como destaque no início e Petrov trazendo petrodólares russos, a equipa sofreu alterações. Charles Pic, da Marussia, foi contratado pela Caterham para 2013. Reserva da equipa em 2012, o holandês Giedo van der Garde foi promovido a piloto titular para esta temporada. Ele fará a sua estreia na Fórmula 1.




Após perder Charles Pic para a Caterham e contratar o britânico Max Chilton, a Marussia dispensou o experiente Timo Glock. Jules Bianchi foi o último piloto confirmado para 2013. De última hora, o francês ganhou a vaga de Luiz Razia. O brasileiro havia sido contratado para este ano, mas teve o contrato rescindido porque os seus patrocinadores não pagaram uma das parcelas à equipa. Reserva da equipa em 2012, o britânico de 21 anos Max Chilton assume a vaga deixada por Charles Pic. 



Os Grandes Prémios

O Mundial de Fórmula 1 de 2013 terá 19 provas. Caiu assim a hipótese de realização de um 20.º grande prémio, algo que foi sugerido no final do ano passado. 

A eventual 20.ª corrida teria lugar a meio de julho e houve até informações – veiculadas por Bernie Ecclestone – sobre o interesse de Portugal na realização de um GP no Algarve, situação que nunca foi confirmada por qualquer responsável do autódromo português ou outra entidade. Ecclestone sugeriu que a Turquia e a Áustria também estariam interessadas, mas não houve avanços neste sentido. Aliás, as equipas nunca mostraram grande simpatia pela existência de uma 20.ª corrida. O Mundial começa a 17 deste mês, na Austrália, e desenrola-se até 24 de Novembro, terminando no Brasil.




Os ensaios 

A duas semanas do início do Mundial de Fórmula 1, a Mercedes prometeu uma temporada bem mais competitiva do que a conseguida em 2012, quando foi apenas 5.ª na geral. E, depois de Lewis Hamilton ter sido o mais rápido no início dos testes, foi o companheiro de equipa, Nico Rosberg, a assinar o melhor tempo, no quarto e último dia dos testes em Barcelona (Espanha), que encerraram a pré-temporada. 

Rosberg e Alonso foram também os melhores, no que respeito aos tempos globais dos quatro dias de ensaios na Catalunha, com os dois lugares seguintes a serem preenchidos pelos respectivos companheiros de equipa: Lewis Hamilton (Mercedes) fez o 3.º melhor registo, com 1.20,558, enquanto o brasileiro Felipe Massa (Ferrari) assinou o 4.º tempo, com 1.20,266. 

Pela negativa, surgiu o campeão do Mundo, Sebastian Vettel. O alemão da Red Bull fez apenas o 11.º lugar quando terminou os quatro dias de treinos em Barcelona – e não escondeu alguma desilusão. “Os últimos testes não corresponderam às expectativas, mas ainda temos algum tempo antes do início da temporada”, afirmou Vettel.


Estão assim lançados todos os “ingredientes” para mais uma temporada memorável de fórmula 1.

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