domingo, 9 de dezembro de 2012

Portugal está na final do Mundial de Futsal Feminino, Brasil é o adversário

Perante um pavilhão lotado e uma cidade de Oliveira de Azeméis completamente envolta no ritmo frenético do futsal, Portugal e Espanha degladiaram-se na tarde de ontem durante 40 minutos de emoção e grande qualidade táctica mostrando que o “Mundo da Bola” deixou há muito de ser território exclusivamente masculino.
 Impulsionadas pelo público, as guerreiras lusas entraram a mandar no jogo e remeteram a Espanha às imediações da sua baliza durante os primeiros minutos. Portugal estava bem mas as oportunidades flagrantes tardavam em aparecer, pelo que com alguma naturalidade o domínio territorial e posse de bola se tornaram divididos, espelhando o equilíbrio extremo que marcou a primeira parte. Ana Pereira teve um par de acções importantes ao interceptar venenosos contra-ataques das Espanholas, enquanto Mélissa e Fatia fizeram o pavilhão levantar através de remates de meia distância que rasaram a baliza adversária, mas não levaram a direcção necessária para desfazer o nulo com que se chegou ao intervalo.
Na segunda parte, Portugal foi fogo. As nossas atletas entraram mais uma vez a todo gás, mais habituadas ao critério (demasiado) largo da arbitragem e determinadas a não deixar que o cansaço – fatal contra o Brasil, na passada quarta-feira – se fizesse sentir. Aos 5 minutos já Espanha levava 3 faltas, 2 amarelos e mais situações de calafrio do que em toda a primeira parte. Matando a maioria dos contra-ataques (única forma de ataque encontrada pela Espanha durante todo o jogo) antes mesmo de começarem, a Selecção inclinou a quadra na direcção da baliza espanhola. Fatia primeiro, numa bola parada de laboratório, e Ana Azevedo depois – iniciativa individual – viram Vanessa Martinez travar a ameaça que Pisko parecia finalmente concretizar muito perto do fim, mas desta feita foi o poste esquerdo a conter a explosão. Pelo meio a capitã Rita Martins (homenageada no início do jogo pelo cumprir da 25ª internacionalização) e Mélissa ainda brindaram o público com recortes técnicos de alto nível, mas a adrenalina acumulada só havia de ser liberta nos penaltys.
Neste capítulo, berço de tantos heróis, emergiu Natalina Silvapara travar três das quatro tentativas espanholas, enquanto todos os remates lusos encontravam a rede da baliza. Alegria imensa, comunhão completa entre público e atletas, e cuidado Brasil, muito cuidado.
 

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