quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Momento da 1ª mão dos oitavos-de-final - De Gea deslumbra com defesa acrobática


A Liga dos Campeões acordou da habitual hibernação de Inverno e ao longo de duas semanas ofereceu-nos oito jogos do melhor que o futebol europeu tem para dar. Com vários plantéis reforçados, táticas afinadas e objetivos traçados, está dada a receita para o que resta da época europeia. Agora que a primeira ronda dos oitavos de final terminou, e todas as equipas já trouxeram os seus argumentos para campo, o BT propõe-se analisar a jornada da Champions, elegendo os aspetos mais marcantes da mesma.
 
MOMENTO - De Gea deslumbra com defesa acrobática
 
“Criado” no Atlético, o guardião espanhol do Manchester United deve ter sonhado várias vezes em brilhar contra os rivais do Real. O jogo da 1ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões foi sem dúvida o realizar desse sonho, em pleno Santiago Bernabéu. 
Com os blancos feridos pelo golo madrugador do United, e a carregarem durante todo o jogo para conter os estragos desse golo sofrido em casa, coube ao jovem guardião parar tudo o que foi possível. E porque não, até o impossível.
Com 1-1 no marcador e 60 minutos no cronómetro, estavam os ingleses encostados às cordas quando Khedira tirou um cruzamento milimétrico sobre a direita, fazendo a bola descrever um arco perfeito pelo espaço morto entre os defesas e o guarda-redes dos reds. Ao segundo poste, sensivelmente à entrada pequena área, surge Coentrão a concluir em grande estilo num movimento pleno de sincronia e põe a nação merengue a festejar durante o microssegundo que a bola levou a chegar do pé do português ao pé de De Gea, o herói da noite. Num movimento difícil de descrever mesmo depois de visto e revisto o lance, o espanhol mostrou reflexos felinos e uma agilidade fora do normal, travando o remate sobre a linha de golo, evitando a reviravolta do marcador.
   Mais que espetacular, esta defesa foi importantíssima para o desenrolar da eliminatória. Ao segurar o empate a uma bola, os pupilos de Ferguson garantem vantagem para a segunda mão, vantagem essa que permite aos britânicos manter no jogo em casa o plano de jogo cauteloso que tantas dificuldades tem criado à equipa de Mourinho nesta temporada, e que resultou em Madrid. Se David De Gea não tivesse feito esta defesa impossível, a história do segundo jogo seria totalmente diferente, com o Manchester United forçado a procurar o golo desde cedo, e a expor-se aos contra ataques letais de Ronaldo e companhia.
  Pela beleza e preponderância do momento,  De Gea merece o devido reconhecimento.

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