A quadra festiva de fim de ano tira aos portugueses
algumas semanas de Liga ZON-Sagres e dá à imprensa desportiva um sempre curioso
período de especulação, no que diz respeito a movimentações no mercado de
transferências. Aproveitando o balanço das 12 primeiras jornadas e o que se
sabe do calendário que falta cumprir, o Bola de Trapos identifica as principais
lacunas na constituição dos plantéis dos quatro maiores emblemas do Futebol
Nacional, e deixa sugestões de reforços acessíveis à realidade dos emblemas
referidos e que ainda assim aumentariam a qualidade das equipas.
Benfica – Jesus mostrou criatividade e mestria ao
suprir a saída dos médios centro Witsel e Javi com Enzo e Matic, e ainda fez de
André Gomes e André Almeida opções válidas às ausências constantes de Aimar e
Carlos Martins. Melgarejo - outra adaptação - também tem cumprido bem no lado
esquerdo da defesa, mas ainda assim estas são as duas posições mais frágeis do
elenco encarnado (tanto em termos de 11, como de opções no banco) e se o
Benfica aspira hegemonia interna e afirmação europeia, precisa de mais
argumentos nestes capítulos. Como temos de optar, destacamos a necessidade de
um médio completo no plantel. Um jogador que possa fazer os 3 lugares do
meio campo (6, 8 e 10) com competência, que garanta disponibilidade física para
estancar contra ataques, capacidade de transporte de bola, qualidade no passe e
na finalização. Obviamente, estes jogadores são raros (na linha de Ramires,
Song, Fellaini…), como tal poucos escapam aos tubarões. Manuel Fernandes seria uma opção de sonho para o Benfica. Amado
pelos adeptos, conhecedor do futebol nacional e da Liga Europa, e um belíssimo
jogador – português, para completar o ramalhete. Não é propriamente uma
contratação “fácil”: o Besiktas paga bem, e o internacional português deixou a
Luz em litígio com a actual direcção. No entanto, há instabilidade na Turquia e
o Besiktas tem libertado alguns dos pesos pesados do plantel. Por outro lado, o
médio sabe que precisa de voltar a palcos com maior exposição para reentrar nas
contas da Selecção (já agora, o universo benfiquista também anseia por um
jogador importante para as Quinas), e o libertar de alguns excedentários no
plantel (Aimar, Martins e um dos extremos) criará certamente alguma margem
salarial.
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