sábado, 29 de dezembro de 2012

Mercado de Inverno - SC Braga

 
A quadra festiva de fim de ano tira aos portugueses algumas semanas de liga ZON-Sagres e dá à imprensa desportiva um sempre curioso periodo de especulação, no que diz respeito a movimentações no mercado de transferências. Aproveitando o balanço das 12 primeiras jornadas e o que se sabe do calendário que falta cumprir, o Bola de Trapos identifica as principais lacunas na construção dos plantéis dos quatro maiores emblemas do futebol nacional, e deixa sugestões de reforços acessíveis à realidade dos emblemas referidos e que ainda assim aumentariam a qualidade das equipas.

 

Braga - Peseiro no Braga significava à partida uma mudança na filosofia de jogo dos Guerreiros. O futebol de transições temíveis que Jesualdo, Jesus e Domingos introduziram no ADN Minhoto começou a diluir-se com Leonardo Jardim, e havia de desaparecer quase por completo na segunda metade de 2012. A verdade é que o Braga joga um futebol fluido e agradável, cria muitas oportunidades de golo (o domínio quase inacreditável nas duas mãos do playoff da Champions contra a Udinese, foi talvez o auge desta descrição) e oferece opções válidas à seleção nacional. No entanto, fica a ideia que os Guerreiros são frequentemente traídos pelo seu próprio futebol, sofrendo quase a totalidade dos golos em erros defensivos ou lances de contra-ataque. A equipa é agora capaz de subjugar mais facilmente os adversários, mas desapareceu muita da coesão defensiva que outrora foi o suporte dos arsenalistas em momentos de aperto. Douglão parece ser o cenral mais estável, mas Nuno André Coelho e Paulo Vinícios, estão talvez uns furos abaixo do desejável para um titular. Ainda na defesa, o lado esquerdo continua vulnerável: Elderson e Ismaily são fortes no plano ofensivo, mas apresentam lacunas na transição defensiva.

Uma vez que os objectivos ainda ao alcance do clube passam pelas taças nacionais e pelo 3º lugar na Liga ZON-Sagres, acreditamos que a maior urgência do Sp. Braga nesta altura, é um central dominador. Um jogador forte fisicamente, mas mais rápido que Douglão, com capacidade para liderar e posicionar a defesa nas diversas situações do jogo. Tendo em conta a política de contratações dos Minhotos, que na maior parte dos casos recuperam jogadores que já deram provas em Portugal e estão algo "fora do mapa" nos dias que correm, a nosa escolha recai em Diego Ângelo. Central brasileiro de grande envergadura (1,92m e 89Kg), atuou na Naval 1º de Maio (onde até fez dupla com Paulão, outro central que deixou saudades em Braga), onde deu excelentes indicações, despertando o interesse do Sporting e de clubes italianos. Acabou por rumar ao Eskisehirspor da Turquia, (depois de uma passagem fugaz pelo Génova, onde esteve poucos dias, devido ao excesso de extra-comunitários) onde cumpre a terceira temporada e é titular absoluto (39 jogos na época passada, e 16 na presente temporada). Um jogador fiável - pouco dado a lesões e não conta com nenhuma expulsão nas últimas 5 épocas -, conhecedor do futebol português, maduro mas com muito futebol para dar (tem 26 anos) e que poderia ver com bons olhos o regresso a Portugal pela porta grande: em suma, o negócio tipo de Salvador.

Boa opção? Alternativas?

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